Desde que o presidente Lula assumiu a presidência do Brasil, vem tendo umas batalhas com a língua portuguesa e, por causa disso, motivo de piadinhas por vários programas humorísticos do país.
Num encontro com a chanceler alemã Angela Merkel em Berlim, o presidente foi bastante direto em relação à questão nuclear que envolve o Irã. Disse:
"Autoridade moral para pedir que os outros não tenham é a gente também não ter. É importante que os que têm, comecem a desmontar seus arsenais, para que a gente tenha mais argumentos".
Lula, ao meu entender, tem razão. Como pode alguém pedir para que o outro pare de fazer algo ele mesmo faz? Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço? Essa época de um ou dois países comandarem o mundo já passou. Ele esta muito globalizado e não há mais espaço pra isso.
Muitos dizem que foi um erro Lula ter recebido o presidente do Irã por aqui, mas veja o lado bom: o Brasil está se tornando um grande mediador internacional, coisa que os Estado Unidos não sabem fazer. Um país que quer cadeira cativa na ONU deve colocar o dedo na ferida mesmo e não ficar do lado de A ou B. Não entremos na questão do discurso infeliz do presidente iraniano ao negar o holocausto. A questão não é essa!
O mundo cada vez mais vê o Brasil muito mais preparado para mediar situações de conflito do que os EUA.
O brasileiro não tem a mentalidade de outros países. Aqui não há espaço para preconceito religioso ou racial. Isso não faz sentido num país cheio de misturas. Apesar de existir uma minoria que insiste nisso, isso não faz parte da mentalidade da sociedade brasileira em geral.
É por essas e outras que o Brasil tem moral para falar isso aos países que pensam que ainda podem policiar o mundo.
O mundo não vê mais o Brasil como mais um país pobre que somente resmunga e, sim, um país que sabe se colocar e falar inteligentemente com os grandes.
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